quarta-feira, 2 de maio de 2018

O Século das Luzes

A era da razão
O Iluminismo foi um movimento intelectual que ocorreu na Europa, no século XVIII.Os intelectuais que participaram desse movimento pretendiam trazer à luz novos conhecimentos, ‘’iluminando” a sociedade.
Essa idéia de “iluminação’’, de trazer à luz, foi inspirada pela filosofia antiga,particularmente a de Plantão, que via a “luz” como imagem ou símbolo do conhecimento verdadeiro.
Os pensadores iluministas pretendiam tornar a sociedade européia mais justa e racional.Para isso, questionaram as bases do Antigo Regime, criticando o poder despótico dos reis absolutistas e condenando muitos elementos da religiões.
As idéias iluministas tiveram grande repercussão e influenciaram diferentes movimentos sociais pelo mundo, como a Revolução Americana e a Revolução Francesa.Os ideais iluministas também influenciaram algumas rebeliões no Brasil, como a Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana


O método científico
Os cientistas do século XVII renovaram a maneira de analisar a natureza e abriram caminho para os filósofos iluministas do século XVIII.
Essa mudança na forma de compreensão do mundo foi  acompanhada pelo estabelecimento do método cientifico.Esse método, que constituía na observação rigorosa, racional e sistemática da natureza, resultou na chamada Revolução Cientifica do século XVII, que estimulou o desenvolvimento do espírito critico.


Os filósofos iluministas
Os pensadores iluministas do século XVIII foram profundamente influenciados pelos avanços da ciência e aplicaram os métodos desenvolvidos no século XVII em suas analises sobre a sociedade, criticando as instituições políticas e econômicas dominantes no Antigo Regime.


A Enciclopédia                            
A Enciclopédia do século XVIII é uma obra que reúne textos de diferentes filósofos, que exerceram profunda influencia no pensamento da época.


A difusão das idéias iluministas
A palavra “enciclopédia” tem origem grega e significa “cadeia de conhecimentos”. No século XVIII, os filósofos que organizaram a Enciclopédia, entre eles Diderot e D’Alembert, desejavam reunir uma diversidade de conhecimentos nessa obra.
A Enciclopédia possuía 28 volumes com verbetes relacionados às ciências, à filosofia, à política, às Artes, à Economia e à Geografia.
Entre 1751 e 1772, a população francesa passou a ter acesso à Enciclopédia. No final de 1780 a difusão das idéias iluministas atingiu as classes populares,que também eram adeptas às criticas Absolutismo monárquico, à nobreza e ao clero, presentes na Enciclopédia.


A critica a Igreja
No século XVIII, a Igreja foi alvo de severas criticas feitas por alguns pensadores iluministas. Esses pensadores criticavam a superstição, o fanatismo e a intolerância religiosa, pois acreditavam que esses eram os principais obstáculos a construção de um mundo melhor e mais racional.
Outra critica feita pelos iluministas dizia a respeito à liberdade de pensamento e de opinião.
Os iluministas pregavam a liberdade de pensamento e tinham como objetivo formar uma sociedade esclarecida, sendo para isso sendo para isso necessário romper com o poder do clero, com os dogmas e com o fanatismo religioso.


Voltaire e os filósofos deístas
Voltaire foi um dos maiores críticos dos dogmas religioso. Para ele, a religião era culpada pelos males da sociedade francesa. Voltaire acreditava que a razão deveria substituir a superstição cristã.
Apesar de todas essas criticas, Voltaire e grande parte dos filósofos iluministas acreditavam em uma força divina, e por isso eram denominado deístas.No entanto, para os deístas, a divindade era um ser onisciente que, apesar de se manifestar em todos os elementos da natureza, não interferia na vida dos seres humanos.


A critica ao Absolutismo
Presente na sociedade européia do século XVIII, o poder absoluto também foi alvo de duras criticas  dos pensadores iluministas. Esses pensadores contestavam o despotismo e a idéia de direito divino dos reis, alem de condenarem os privilégios da nobreza e do clero.
Grande parte desses pensadores apoiavam um governo constitucional, ou seja, um governo que respeitasse a constituição, pois acreditavam que ela seria a melhor garantia contra abusos de poder.


Montesquieu e os Três Poderes
Um dos maiores críticos do Absolutismo monárquico foi Montesquieu. Segundo ele, esse tipo de regime político era corrupto e violento, comprometia a sociedade e trazia estagnação, temor e pobreza para a população.
Para libertar a sociedade do despotismo e criar um bom governo, seria necessária a separação do poder em três campos  de atuação: executivo (que executa e administra as leis) legislativo (que elabora as leis) e judiciário (que julga aqueles que desrespeitam as leis).
Para evitar o abuso do poder, Montesquieu defendia uma forma de governo mais equilibrada, na qual um poder controlaria o outro.


As principais reformas
O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada por alguns monarcas  europeus durante o século XVIII. Essa forma de governo se caracterizava pela mistura de praticas absolutistas e idéias iluministas.
Entre essas reformas, que estavam o combate à corrupção e aos privilégios da nobreza e do clero, a melhor administração dos tributos, a abolição da servidão e o incentivo à agricultura, à industria e ao comércio.


O despotismo esclarecido em Portugal
Durante o reinado de D. José I, de Portugal, o maior representante do despotismo esclarecido foi seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal.
Entre os anos de 1750 e 1777, período conhecido como despotismo pombalino, o ministro realizou diversas reformas, entre elas, a criação de companhias de comércio e de manufaturas e a melhoria do sistema de ensino. Além disso, reduziu o poder da igreja Católica no Reino, principalmente por meio da extinção da Companhia de Jesus e da expulsão dos jesuítas de Portugal.


A critica ao mercantilismo
Alguns pensadores iluministas criticavam  o mercantilismo, a principal prática econômica dos Estados europeus naquela época.
No mercantilismo, o Estado regulamentava as transações econômicas, controlando os preços, cobrando impostos de importação e de exportação e adequando as taxas alfandegárias.


A fisiocracia
Os Fisiocratas eram pensadores que questionavam as praticas mercantilistas. Eles defendiam que a riqueza de um Estado não deveria ser medida pela quantidade de matais preciosos que possuía, mas sim pela quantidade e qualidade dos bens à disposição de seus cidadãos.
Segundo os fisiocratas, o Estado não poderia interferir no mercado mas sim deixar que a economia se autorregulasse, seguisse suas próprias leis
O Estado veria somente administrar a lei, a ordem e a defesa da Nação, de forma a garantir o desenvolvimento da sociedade.



Jonh Locke

Muitos dos idéias políticos dos pensadores iluministas foram influenciados pelas teorias de Jonh Lucke. Medico e filosofo inglês, Locke viveu entre os anos de 1632 e 1706.
Na obra Tratado sobre o governo civil, de 1690, Locke defendia que os seres humanos tinham direitos naturais, entre eles o direito à vida, à liberdade e à propriedade.
Locke era a favor de um governo constitucional, em que a autoridade do Estado respeitasse as leis. Caso um governante não assegurasse os direitos naturais, seria legitimo o povo rebelar-se e tira-lo do poder.

Imagens:
                                                    Filósofos iluministas


Monstesquieu e a Divisão dos Poderes


Curiosidade:
1 - Entre os principais pensadores dessa época, estão Francis Bacon, Galileu Galilei e René Descartes.
2 - Os pensamento iluminista revolucionou as formas de compreender a sociedade, a politica, a filosofia. as ciências e as artes.

Vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=BWMoIJeCurY

Resumo feito a partir da Apostilha de Historia
8°2

Tudo Feito Por:Gabriel Trugilio



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